Nota:
1-8: Jesus anuncia a destruição do templo de Jerusalém, acontecida no ano 70, e as batalhas que se verificaram entre os anos 66 e 70. O Templo era o símbolo da relação de Deus com o povo escolhido. Jesus salienta que o fim de uma instituição não significa o fim do mundo e nem o fim da relação entre Deus e os homens.
9-13: A relação entre Deus e os homens continua através dos discípulos, que deverão prosseguir a missão de Jesus pelo testemunho, anunciando a Boa Notícia a todas as nações. Contudo, assim como Jesus encontrou resistência, também os discípulos a encontrarão: serão perseguidos, presos, torturados, julgados e até mesmo mortos por continuarem a ação de Jesus. Mas os discípulos não devem ficar preocupados com a própria defesa. O importante é a coragem de permanecer firmes até o fim.
14-23: Aqui se retoma o que já foi dito em 13,1-8. A "abominação da desolação" indica a profanação do Templo pelas romanos. O tempo de crise é terrível: os discípulos devem estar atentos para não desanimar e não se deixar enganar por pessoas que apresentam falsos projetos de salvação.
24-27: A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento
com que Deus acompanha toda a história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressurreição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14).
29-37: Somente agora Jesus responde à pergunta dos discípulos (v.4). Mas, em vez de dizer "quando" ou "como" acontecerá o fim, ele indica apenas como o discípulo deve se comportar na história. A tarefa do discípulo é testemunhar sem desanimar, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo por ele prometido impede, de um lado, que o discípulo se instale na situação presente; de outro, evite que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável. (Bíblia Pastoral. Nota). Próximo