1-20: Através de sua moralidade casuística, os doutores da
Lei e os fariseus são condutores cegos do povo. Com suas interpretações
desobedecem aos próprios mandamentos de Deus, sob a pretensão de observá-los. Também
Pedro e os discípulos não serão verdadeiros guias, enquanto não entenderem que
só é impuro aquilo que estraga o relacionamento fraterno entre os homens. Cf.
também nota em Mc 7,1-13 e 7,14-23.
21-28: Cf. nota em Mc 7,24-30. A mulher pagã reconhece que Jesus não é só uma personalidade moral e religiosa, mas alguém que realiza um projeto concreto: constituir o povo de Deus na história. Esse reconhecimento faz que ela participe, com sua filha, desse projeto. Não são os atos de purificação ou as crenças particulares que engajam alguém no povo de Deus, mas o fato de acreditar que Jesus é o guia desse povo.
29-39: Com os milagres, Jesus responde as necessidades da
multidão, mostrando a presença de Deus que salva o seu povo, cuja gratidão se
traduz no ato de louvar. O texto salienta o papel dos discípulos, isto é, da
comunidade cristã. Esta é mediadora, respondendo á fome de uma sociedade que
corre o risco de desfalecer no caminho da vida. (Notas da Bíblia: Edição
pastoral). Próximo