21,1-22,5: João mostra que a meta da história, para além do tempo, é a plena realização da Aliança de Deus com a humanidade, numa vida inteiramente imortal. O fim da história é a vida. A humanidade nova é apresentada como Nova Jerusalém-Esposa e Nova Jerusalém-Cidade.
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21,1-4: A nova
relação que existe entre Deus e os homens é apresentada como céu novo e terra
nova. O mar já não existe, porque os antigos o consideravam moradia dos
poderes do mal. A Nova Jerusalém é a
cidade que Deus vai construir como dom (vem do céu) para os homens. É a
Esposa do Cordeiro, o novo Adão que esposa a nova Eva. Realiza-se a Aliança de
Deus com toda a humanidade. Ela se
tornou a Tenda (Ex 25,8), na qual Deus está presente. Doravante tudo é vida e
realização plena.
5-8: Deus promete a
renovação de tudo, pois ele é o Senhor da história, a fonte e o fim da
vida. Ele dá a vida a quem a desejar. Quem
for perseverante entrará para a realidade da Aliança: tornando-se-à filho,
participando da realidade do próprio Cristo. O fato de conhecer o fim, porém, não dispensa a conversão.
A humanidade é a esposa
9-11: João apresenta
agora a nova humanidade como cidade perfeita e deslumbrante. Esta imagem
mostra a beleza e santidade da Aliança com Deus. A humanidade é a esposa, o reverso da prostituta. João a apresenta
com traços da antiga Babilônia histórica: quadrada, atravessada por uma avenida
ao longo do rio, e com jardins. Sugere, assim, que a Jerusalém celeste é a
Babilônia, prostituta purificada e transformada pelo Evangelho. Agora, ela reflete a glória de Deus, que
nela está presente.
Ela é uma cidade universal
12-17: As formas e
medidas são perfeitas: muralhas com cento e quarenta e quatro côvados (doze
x doze), doze portas com os nomes das doze tribos, doze alicerces com os nomes
dos doze apóstolos. Ela é quadrada e
cúbica, como o Santo dos santos no Templo. Sua perfeição é inimaginável
(doze mil). Ela é uma cidade universal,
aberta para toda a humanidade (portas voltadas para os quatro pontos cardeais).
11.15-21: O brilho do
ouro e das pedras preciosas mostra que a cidade é imagem do brilho de Deus
(4,3). É a humanidade plenamente realizada, à imagem e semelhança do
Criador.
A comunhão total com Deus
22-23: Deus está
presente nessa humanidade. Não é preciso mais nenhum meio para ligá-la com
Deus: nem Templo, nem liturgia, nem sacerdócio. É o momento do face-a-faca. Consequentemente, também não existem outras
mediações: política, econômica, propaganda, comércio etc. A comunhão total com Deus leva à comunhão
total dos homens entre si.
A realização da nova humanidade
24-27: A nova humanidade é lugar de partilha e de reunião fraterna. As nações repartem suas riquezas para o bem comum. Mas, a realização da nova humanidade supõe uma conversão agora, no presente da história: deixar os ídolos para ser inscrito no livro do Cordeiro. A noite não existe, porque os antigos a consideravam moradia do mal. Leia Mais
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