Evangelho de Lucas capítulo 19, as autoridades tiram onda de Jesus e caçoam da sua realeza

 

Semana santa

19,1-3: Jesus é caricaturado como rei (coroa e manto vermelho). Caçoando de Jesus assim fantasiado, os soldados na verdade ridicularizam o ideal de realeza dos poderosos deste mundo.

Homem que entrega sua própria vida

4-8: Manifesta-se agora a verdadeira realeza, a do Homem que entrega sua própria vida pelos outros homens. Os opressores o rejeitam e pedem sua morte, acusando-o do crime que é justamente a verdade mais profunda do homem: ser Filho de Deus. Como instrumento do poder, a lei torna-se inimiga do homem.

Deus, o único que tem autoridade absoluta.

9-12: Jesus não se aproveita do medo supersticioso de Pilatos para conseguir sua liberdade. Os chefes dos judeus veem Jesus como perigoso para seus interesses e aliam-se ao opressor, exigindo a sentença de morte. O dilema de Pilatos é o dilema do homem dependente do sistema injusto de poder: ou arrisca a própria posição ou sacrifica o inocente. Deus, o único que tem autoridade absoluta, permite que Pilatos e os chefes judeus tomem a decisão e assumam a responsabilidade.

A Páscoa, festa que celebrava o fim da escravidão no Egito.

Libertação do povo de Israel

12-16: Ao meio-dia, os sacerdotes do tempo começavam a matança dos cordeiros para a Páscoa, festa que celebrava o fim da escravidão no Egito. No mesmo instante, os chefes dos sacerdotes fazem sua profissão de ateísmo, declarando-se súditos do opressor romano. Sentado na cadeira de juiz, Jesus ratifica em silêncio a condenação que os chefes escolhem para si próprio.

16-18: A cruz é o trono de onde Jesus exerce a sua realeza. Ele não está só, mas é o centro daqueles que o acompanham, dando a vida como ele.

Jesus é o Rei que entrega sua vida por todos

19-22: O letreiro apresenta Jesus crucificado como a Escritura da nova aliança de Deus com a humanidade. Jesus é o Rei que entrega sua vida por todos. Doravante, a cruz será o símbolo do amor de Deus, que vai até o fim. A nova Escritura é compreensível a todos, porque a linguagem do amor é universal e permanece escrita para sempre.

O Espírito que guiou toda a atividade de Jesus

23-24: A roupa de Jesus é a sua herança, espalhada pelos quatro cantos da terra. Deverá ser vestida por todos ao que querem seguir a Jesus, tornando-se seus herdeiros na prática do serviço ao homem, dando até mesmo a própria vida. Apesar de espalhar por todos os tempos e lugares, as comunidades cristãs participarão de um só e mesmo Espírito, o Espírito que guiou toda a atividade de Jesus.

O discípulo amado representa o novo povo de Deus

25-27: A mãe de Jesus representa aqui o povo da antiga aliança que se conservou fiel às promessas e espera pelo salvador. E o discípulo amado representa o novo povo de Deus, formando por todos os que dão sua adesão a Jesus. Na relação mãe-filho, o povo de Deus, fiel à promessa e herdeiro da sua realização.

28-30: O projeto de Deus a respeito do homem se completa na morte de Jesus, sinal do seu dom de amor até o fim. O Espírito que Jesus entrega e o mesmo que o conduziu em toda a sua atividade. Ele realiza o reino universal e constitui o novo povo de Deus, que continuará a obra de Jesus.

O ápice de todos os sinais narrados pelo evangelista

31-37: Morto na cruz, Jesus é o grande sinal, o ápice de todos os sinais narrados pelo evangelista. O sangue simboliza a morte; a água simboliza o Espírito o Espírito que dá a vida: com sua morte Jesus trouxe a vida. Captar e testemunhar este sinal é questão decisiva, pois só através dele a história do homem vai encontra a possibilidade de chegar à sua plenitude, dando lugar á sociedade livre e fraterna. É acreditando na vida de Jesus que o cristão continua o abro libertadora por ele iniciada.

Acredita em Jesus vivo hoje e dá testemunho

38-42: O drama da paixão termina da mesma forma que havia começado: Jesus está dentro do jardim do paraíso. Tendo vencido a serpente, Jesus abre de novo para o homem a possibilidade de se realizar plenamente na comunhão com Deus. Temos aqui uma questão crucial para o cristão: ou ele acredita em Jesus vivo hoje e dá testemunho, ou vê Jesus como vítima derrotada e sepultada no passado. Então fica paralisado diante da violência dos poderosos, e não é capaz de dar o testemunho de Jesus. Próximo

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