22,1-6: Em 4,13 Lucas diz que “o diabo se afastou de Jesus,
para voltar no tempo oportuno”. Esse tempo chegou. As autoridades e Judas tornam-se
instrumento de Satanás para levar Jesus à morte. É a hora do grande confronto
entre Jesus e o mal que domina homem e estruturas.
7-13: Cf. nota em Mc 14,12-21.
Trata-se de gesto supremo de amor
14-23: A última Páscoa celebrada por Jesus indica o sentido
da morte: ele se entrega totalmente (corpo, sangue) em favor dos homens.
Trata-se de gesto supremo de amor que os homens de uma vida marcada pelo mal do
egoísmo: só assim se constrói a Nova Aliança, que produz a sociedade fundada no
dom de si para o bem de todos.
É somente através do serviço fraterno
24-30: A Eucaristia torna-se momento de catequese para a
comunidade dos que seguem a Jesus. Nessa comunidade, a autoridade não significa
poder sobre os irmãos, mas função de serviço, a exemplo de Jesus. É somenteatravés do serviço fraterno que os seguidores de Jesus participam de sua
autoridade como Rei e Juiz.
Somente a intercessão de Jesus faz com que ele não perca completamente a fé
31-34: Satanás tenta conquistar inclusive os discípulo de
Jesus; Pedro chegará a negar três vezes o Mestre. Somente a intercessão de
Jesus faz com que ele não perca completamente a fé e assuma corajosamente a
própria missão.
As forças que impedem a concretização do Reino
35-38: A morte de Jesus inaugurar o combate decisivo dentro
da história, e os seguidores de Jesus devem estar preparados para enfrenta-lo.
Na primeira missão (cf. Lc 10,4-7), nada faltou aos discípulos. Agora, porém, é
hora de luta (espada), e cada um deve prover o seu próprio sustento e enfrentar
todas as forças que impedem a concretização do Reino.
A oração é a união com Deus que ajuda o homem
39-46: É o momento da grande tentação e da decisão
definitiva. Diante das consequências de toda a sua vida e ação, Jesus deve
escolher entre obedecer à vontade do Pai ou submeter-se ao poder das trevas
(cf. Lc 22,23). A oração é a união com Deus que ajuda o homem a manter-se
consciente e fiel ao compromisso até o fim.
Um dos presente tenta defender Jesus
47-53: Um dos discípulos se ali ao poder repressivo das autoridades
e trai Jesus com um gesto de amizade. Um dos presente tenta defender Jesus com
a mesma arma dos opressores. Aquele que
realiza o projeto de Deus e atrai o povo é considerado pelos poderosos como
bandido perigoso. Mas eles não tem coragem de prender Jesus á luz do dia.
Pedro não tem coragem de confessar que é discípulos de Jesus
54-65: Enquanto Jesus é preso e conduzido a presença das
autoridades, Pedro não tem coragem de confessar que é discípulos de Jesus
diante de pessoas simples e inofensivas.
Jesus é o Filho de Deus, que reúne os homens
66-71: O julgamento diante do Sinédrio mostra quem é Jesus.
Ele é o Messias, aquele que vem implantar o reino da justiça. É o Filho do
Homem, que vem para julgar os projetos do homem na história e reunir o povo
para viver o projeto de Deus. Mais ainda: Jesus é o Filho de Deus, que reúne os
homens para formar a grande família em torno do Pai. As autoridades, porém, não
aceitam Jesus, nem a sua missão, porque aceitá-lo significa ser Julgado por
ele. Texto relacionado