Evangelho de Lucas capítulo 23, as autoridades acusam Jesus

 

Evangelho de Lucas

23,1-5: As autoridades querem a morte de Jesus, e o apresentam ao governador romano com três acusações que caracterizam toda atividade de Jesus como uma grande subversão (“subversão entre o povo”): em nível econômico (proíbe pagar o tributo), em nível político (afirma ser rei), e em nível ideológico (ensinamento que provoca revolta). Pilatos, porém, declara a inocência de Jesus.

O sofrimento de Jesus é mero objeto de curiosidade para o povo

6-12: As divergências entre Pilatos e Herodes são sanadas, porque Pilatos resolveu respeitar a jurisdição de Herodes. Percebendo que é mero objeto de curiosidade, Jesus permanece calado.

Jesus representa um perigo para os privilegiados das autoridades

Evangelho de Lucas

13-25: Tanto Herodes como Pilatos parecem desconhecer o alcance e as consequências políticas, econômicas e sociais do projeto de Jesus (23,4. 1415.22), cujo ensinamento religioso representa um perigo para os privilegiados das autoridades. Perigo muito maior do que Barrabás, conhecido guerrilheiro subversivo.

Não chorem por mim, mas pela rejeição do povo ao projeto de Deus

26-32: Simão Cireneu é o símbolo do verdadeiro discípulo de Jesus (cf. Lc 9,23). — Jesus serviu o projeto de Deus até o fim. Não é por sua morte que devemos chorar. É preciso chorar diante das consequências acarretadas pela rejeição do projeto de Deus.

O letreiro da cruz, indicando a causa da condenação.

33-38 Jesus é crucificado como criminoso, entre criminosos. Por entre a curiosidade do povo e a caçoada dos chefes e soldados ecoa a palavra de perdão: os responsáveis pela morte de Jesus devem ser perdoados, porque não conhecem a gravidade e as consequências do próprio gesto. O letreiro da cruz, indicando a causa da condenação, proclama para todos a chegada da realeza que dá a vida.

Lembra-te de nós

39-43: No momento em que tudo parece perdido, Jesus se mostra portador da salvação. Ele anunciou a salvação aos pecadores, durante a sua vida; agora, na cruz, a oferece ao criminoso. Jesus não está sozinho na cruz. Acompanham-no todos aqueles que são condenados por uma sociedade que não aceita o projeto de Deus e que clamam: “Lembra-te de nós!”.

A morte de Jesus é a sua libertação nas mãos de Deus

Evangelho de Lucas

44-49: O ponto mais alto do terceiro Evangelho está nestas palavras de Jesus na cruz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. A morte de Jesus é a sua libertação nas mãos de Deus. Ela aparece como consequência da sua vida e atividade, voltadas para os pobres e oprimidos, provocando a violência do sistema baseado na riqueza e no poder. Essa morte é também libertação, consequência da obediência total  e confiante a Deus. Além disso, provoca a manifestação da verdade: o povo se arrepende e um pagão proclama a inocência de Jesus.

50-56: O corpo de Jesus é encerrado num túmulo. Aparentemente, a história acabou e o sistema que condenou Jesus pode ficar tranquilo. Mas as mulheres se preparam: alguma coisa vai acontecer... Leia Mais

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