14,1-6: A lei do sábado deve ser interpretada como
libertação e vida para o homem.
7-14: Nos vv. 8-11, Jesus critica o conceito de honra baseado no orgulho e ambição, que geram aparências de justiça, mas escondem os maiores contrastes sociais.
A honra do homem depende de Deus, o único que conhece a situação real e global do homem; essa honra supera a crença que o homem pode ter nos seus próprios méritos. Nos vv. 12-14, Jesus mostra que o amor verdadeiro não é comercial, mas serviço gratuito, pois o pobre não pode pagar e o inimigo não pode merecer. Só Deus pode retribuir ao amor gratuito.
O Reino permanece aberto
15-24: O reino deDeus é apresentado como banquete em que Deus reúne os seus convidados.
Ainda que os representantes oficiais e os habituados à religião recusem o
convite, dando mais importância aos seus próprios afazerem, o Reino permanece aberto para aqueles que
comumente são julgados como excluídos: os marginalizados da sociedade e da
religião.
O discípulo de Jesus deve ser realista
25-35: Seguir a Jesus e continuar seu projeto (= ser discípulo) é viver um clima novo na relação com as pessoas, com as coisas materiais e consigo mesmo.
Trata-se de assumir com liberdade e fidelidade a condição humana,
sem superficialismo, conveniência ou romantismo. O discípulo de Jesus deve ser realista, a fim de evitar ilusões e
covardias vergonhosas.
Evangelho de Lucas capítulos 15, Lucas é o coração de todo evangelho.
15,1-2: O capítulo 15 de Lucas é o coração de todo Evangelho (= Boa Notícia). Aí vemos que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante dos homens. Respondendo à crítica daqueles que se consideram justos, cheios de méritos, e se escandalizam da solidariedade para com os pecadores, Jesus narra três parábolas.
A primeira
e a segunda mostram a atitude de Deus em Jesus, questionando a hipocrisia dos
homens. A terceira tem dois aspectos: o
processo de conversão do pecador e o problema do “justo” que resiste ao amor do
Pai.
O Pai que se alegra em acolher o pecador
3-7: A parábola não
quer dizer que Deus prefere o pecador ao justo, ou que os justos sejam
hipócritas. Ela ressalta o mistério do amor do Pai que se alegra em acolher o pecador arrependido ao lado do
justo que persevera.
8-10: A mulher é pobre e precisa da moeda para sobreviver. O
amor de Deus torna-o vitalmente necessitado de encontrar a pessoa perdida, para
leva-la à alegria da comunhão no amor.
O filho mais velho é justo e perseverante
11-32: O processo de conversão começa com a tomada de consciência: o filho mais novo sente-se perdido economicamente e moralmente. A acolhida do pai e as medidas tomadas mostram não só o perdão, mas também o restabelecimento da dignidade de filho.
O filho mais velho é justo e perseverante, mas é incapaz de aceitar a volta do irmão e o amor do pai que o acolheu. Recusa-se a participar da alegria.
Com
esta parábola, Jesus faz apelo supremo para que os doutores da Lei e os
fariseus aceitem partilhar da alegria de Deus pela volta dos pecadores à
dignidade da vida. Leia Mais