7,1-13: A atividade
de Jesus denuncia o agir perverso da sociedade, e por isso provoca ódio. Os
parentes de Jesus pensam no sucesso. As autoridades o procuram, vendo dele um
perigo.
E o povo expressa
opiniões diversas a respeito dele: uns o julgam a partir das
obras que ele realiza (Jesus é bom), e outros a partir de leis e estruturas
estabelecidas. Assim a presença de Jesus é sinal de contradição que vai
revelando a face das pessoas.
14-24: O que leva
Jesus a agir não é a busca de sucesso pessoal, nem a defesa de algumas
doutrinas de círculos religiosos oficiais que manipulam a fé. Na sua ação, Jesus busca apenas realizar a vontade do
Pai, e esta se apresenta como libertação do homem.
Uma doutrina que impede a realização do homem nunca pode ser
apresentada como vontade de Deus.
25-36.40-44: Os
dirigentes dos judeus tentam prender Jesus, que para eles é uma ameaça. E
no meio do povo a divisão continua: o tema da discussão é sobre a origem do
Messias. Uns não aceitam Jesus, baseados numa tradição teórica sobre a origem
do Messias.
2 O sinal da presença de Deus
Outros, que já são
muitos, acreditam que Jesus é o Messias, porque prestam atenção na sua
prática libertadora e vem nisso sinal da
presença de Deus. E Jesus e então mostra o verdadeiro critério para
reconhecer o Messias: não é o lugar de sua origem, mas o fato de ele ser o enviado de Deus, cuja atividade seja
reconhecida pelas obras que faz.
37-39: Jesus veio
saciar a sede dos homens (Jo 4). Mas aqueles que estão bem de vida,
satisfeitos com a situação, jamais vão
aderir a Jesus porque não buscam ansiosamente uma alternativa, não sentem
sede. Só os que estão abertos à novidade de Deus no mundo conseguem acreditar e
dar sua adesão a Jesus.
45-53: Aqueles que
detêm o poder não toleram a mensagem de Jesus, porque ela acabaria com
todos os seus privilégios. Por isso, amaldiçoam o povo simples e procuram
prender Jesus, usando a Lei como arma repressiva.
3 Jesus mostra que a pessoa humana está acima de qualquer lei
8,1-11: Mais uma vezJesus mostra que a pessoa humana está acima de qualquer lei. Os homens não
podem julgar e condenar, porque nenhum deles está isento de pecado. O próprio Jesus não veio para julgar,
pois o Pai não quer a destruição do pecador, e sim que ele se converta e viva
(Ez 18,23.32).
12-20: Jesus discute com os fariseus perto da sala do
Tesouro, onde era guardado o dinheiro oferecido ao Templo. Ele se declara a luz do mundo, e convida os homens a segui-lo,
renunciado às riquezas para servirem uns aos outros e, assim, testemunharem a
presença de Deus. Os fariseus, escravos
do dinheiro, não são capazes de reconhecer Deus presente em Jesus, e por isso
querem provas.
4 Jesus é a presença atuante de Deus
21-30: O pecado que
leva ao fracasso é permanecer fechado neste mundo de baixo, isto é, dentro
de uma ordem sociorreligiosa injusta. Jesus
é a presença atuante de Deus do êxodo 9”Eu Sou”, Ex. 3,14), que liberta o
povo da escravidão e o conduz para uma vida nova, desejada por Deus. É através da sua vitória sobre a cruz
que Jesus realiza esse êxodo.
31-38: A verdade que
liberta é aceita a vida nova trazida por Jesus, que relativiza tudo aquilo
que antes parecia absoluto: riqueza, poder, ideias, estruturas.
5 A experiência do amor de Deus
A liberdade só é possível quando se rompe com uma ordem
injusta, que impede a experiência do
amor de Deus através do amor ao homem.
39-47: O diabo é
aquele que se opõe à vontade de Deus e se absolutiza, ocupando o lugar de
Deus e criando uma sociedade mentirosa e assassina, que adora ídolos
opressores, e é incapaz de assimilar a mensagem libertadora de Jesus.
48-59: Abraão se
alegrou com a promessa feita por Deus de que o futuro Messias iria sair da sua
descendência (Gn, 12,7; 15,2). Jesus vai muito além, e atribui a si mesmo o
título do Deus do êxodo: “Eu Sou”. “Eu Sou a Luz do mundo”. “Eu Sou a Imagem e a Semelhança de Deus”.
“Eu Sou a Porta”. Saiba Mais