Esse Caminho vai formando o novo povo de Deus

 

Entregue ao Sinédrio para apuração dos fatos, Paulo começa desmascarando a hipocrisia do sumo sacerdote, chefe político e religioso.

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A seguir, testemunha a ressurreição, provocando uma velha polêmica que estava no cerne da própria teologia judaica.

Ironicamente o réu demonstra a incompetência do tribunal que o deveria julgar. O v. 11 abre o último horizonte para o testemunho de Paulo: Roma. (Atos dos apóstolos 23,1-11).

O relato antevê o processo seguinte. O grupo judaico se empenha num atentado contra Paulo, sob pena de anátema, isto é, de maldição divina.

Ao fanatismo desse grupo, Lucas opõe o comportamento das autoridades romanas, que desde o início pensam tratar-se apenas de conflito de opiniões dentro do judaísmo (Atos dos apóstolos 23,12-35).

Ser cristão é ser Caminho

No seu discurso, o advogado dos judeus chama o cristianismo de seita. Paulo rejeita essa denominação, e fala de caminho.

O cristianismo não é um amontoado de leis rígidas, costumes e ritos que identificam um grupo fechado e estático; é um processo, um Caminho que se realiza na história e constrói uma história nova.

Para entrar nesse processo a única norma é seguir o Caminho de Jesus Cristo, cuja vida e atividade culminou com a ressurreição (v. 21). A característica do cristão, portanto, é gerar ressurreição, fazendo com que todos os homens tenham vida plena em todas as dimensões.

Esse Caminho vai formando um novo povo de Deus, enquanto livra os homens de qualquer tipo de morte. Cristianismo não se identifica nem mesmo com alguma instituição, que é sempre relativa e só tem sentido enquanto instrumento para esse processo de vida (Atos dos apóstolos 24,1-21).

O fim do mandato adia o processo

Paulo é inocente. Continua preso ilegalmente durante dois anos, por causa dos interesses de um poder corrupto. Com efeito, Félix prevendo o fim do mandato adia o processo, querendo com isso ganhar dinheiro de Paulo e agradar aos judeus.

Além de não se subornar, Paulo age profeticamente, criticando a ganância e o comportamento conjugal de Félix (Drusila deixara o marido para viver com Félix). A cena lembra Mc6,17-20. (Atos dos apóstolos 24,22-27). Leia Mais

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