Paulo recrimina um comportamento que nem mesmo a lei judaica e o direito romano tolerariam.
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“Entrega a Satanás” significa expulsar da comunidade. Desse modo, o imoral tomará consciência de sua culpa e poderá arrepender-se; assim a comunidade se livrará do mau exemplo que provocaria contágio.
Paulo usa a imagem do fermento em sentido oposto ao dos Evangelhos (cf. Mt 13,33). Ele não deseja que a comunidade seja uma espécie de gueto no mundo; trata-se de viver no mundo sem estar comprometido com o mundo (cf. Jo 17,14-15) (Carta aos Coríntios 5,1-13).
Paulo Enfrenta uma Falsa Concepção de Liberdade
Pelo batismo, os cristãos se tornaram irmãos em Cristo e participam da mesma esperança do Reino. Como podem esses irmãos brigar entre si?
Pior ainda,
Como podem recorrer a tribunas pagãs para dirimir conflitos?
Estamos longe do espírito do Evangelho (cf. Mt 5,38-48). Paulo não condena os tribunais do seu tempo, mas critica o espírito de competição e a ausência de discernimento na comunidade (Primeira carta de São Paulo aos Coríntios 6,1-11).
Paulo enfrenta uma falsa concepção de liberdade, extremamente permissiva em questões de vida sexual.
Como princípio, ele salienta que nem tudo convém à condição cristã. Em outras palavras: o cristão deve saber discernir o que leva ao crescimento e à realização da pessoa humana.
Uma vez que foi resgatado por Cristo para viver a liberdade, ele não deve deixar-se escravizar de novo, nem mesmo pelo próprio corpo, muitas vezes injuriando o próprio corpo (Carta aos Coríntios 6,12-20). Evangelho