8,1-3: Jesus continua
sua missão, e vai formando uma comunidade nova, a partir daqueles que são
marginalizados pela sociedade do seu tempo, como eram as mulheres. Elas também
são parte integrante do grupo que acompanha Jesus.
11-15:
Cf. nota em Mc 4,13-20 e Mt 13,18-23.
16-18:
Cf. nota em Mc 4,21-25. Quem não age, perde até mesmo a compreensão que
pensa ter.
19-21: Jesus instaura
novas relações entre os homens, que começam a existir quando os homens põem
em prática a palavra do Evangelho, continuando a missão de Jesus.
22-25:
Cf. nota em Mc 4,35-41 e Mt
8,23-27.
26-39: Jesus leva aos
pagãos a nova história, que se inicia com a expulsão dos demônios. A
novidade provoca o medo naqueles que estão habituados com a alienação. Só quem
conseguiu sair, por intermédio de Jesus, é que possui coragem para ser
proclamado da Boa Notícia. Cf. também notas em Mc
5,1-20 e Mt
8,28-34.
40-56:
Cf. nota em Mc 5,21-43.
Evangelho de Lucas capítulo 9, os apóstolos são o núcleo da comunidade.
7-9 A palavra e ação
de Jesus deixam o povo e as autoridades sem saber o que pensar. É que a
presença dele força todo mundo a se perguntar: “Quem é o homem?” O encontro de
Jesus e Herodes acontecerá na paixão (23,6-12).
A Eucaristia é o sacramento do dom de Deus
10-17: Lucas salienta
que o fato acontece em lugar deserto. Trata-se do povo de Deus em marcha
pelo deserto, saciado pelo alimento que o próprio Deus concede. O alimento é dom de Deus. Mas os apóstolos,
que são o núcleo da comunidade que cria a nova história, precisam não só
perceber que o povo está desabrigado e passa fome, mas também organizar esse
povo e providenciar para que o alimento seja distribuído de tal maneira que
todos se sintam saciados. A Eucaristia é o sacramento do dom de Deus repartido
entre os homens.
Sua ressurreição será a sua vitória.
18-27: Não basta
declarar e aceitar que Jesus é o Messias; é preciso rever a ideia a
respeito do Messias, o qual, para construir a nova história, enfrenta os que
não querem transformações. Por isso, ele
vai sofrer, ser rejeitado e morto. Sua
ressurreição será a sua vitória. E quem quiser acompanhar Jesus na sua ação
messiânica é participar da sua vitória, terá que percorrer caminho semelhante:
renunciar a si mesmo e às glórias do poder e da riqueza.
Acabando com a opressão exercida pelo sistema
28-36: Lucas
apresenta Jesus rezando continuamente (516; 6,12; 9,18). Com isso o
evangelista mostra que Jesus, através de sua palavra e ação, está realizando a
vontade do Pai. Na transfiguração
aparece claramente esse sentido da oração (v. 35). E a vontade do Pai é que
Jesus realize o êxodo (v. 31), isto é, que ele realize, mediante sua morte,
ressurreição e ascensão, o ato supremo de libertação do povo, acabando com a
opressão exercida pelo sistema implantado em Jerusalém.
37-45: Enquanto os
discípulos não mudam sua ideia sobre o Messias, jamais realizarão atos de
libertação, que dão continuidade à missão de Jesus.
O desejo do poder que domina
46-48: Para
compreender o messianismo de Jesus é preciso mudar a ideia que se tem a
respeito do poder. Enquanto persistir entre os discípulos o desejo do poder que
domina, não haverá possibilidade alguma
de construir o Reino de Deus.
49-50:
Cf. nota em Mc 9,38-41.
A pedagogia de Jesus
51-56: Jesus inicia o
seu caminho para Jerusalém (cf. Introdução). Nessa viagem, Lucas mostra a
pedagogia de Jesus, que vai indicando o
caminho para aqueles que querem unir-se a ele. Tal processo por ele
iniciado vai provocar sérios conflitos com aqueles que não querem mudar o rumo
da história. Por enquanto, nem os
samaritanos entendem que Jesus vai a Jerusalém para salvá-los. E os
discípulos não imaginam que a Samaria será um dos primeiros lugares que eles evangelizarão ao saírem de Jerusalém (At 1,8).
Iniciado o caminho, não volta para trás.
57-62: Os primeiros passos para os que seguem Jesus em seu
caminho são: disponibilidade contínua,
capacidade de renunciar a segurança e, iniciado o caminho, não volta para trás,
por motivo nenhum. LEIA MAIS