Naquele tempo, a navegação era perigosa em qualquer estação, sobretudo a partir do outono (o dia do jejum caia no início do outono: v. 9) e praticamente impossível no inverno.
A viagem talvez seja empreendida por razões econômicas: transporte de uma carga de trigo (v. 38). Essa viagem lembra a aventura de Jonas, é uma espécie de relato de ressurreição.
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Paulo e seus companheiros escapam à morte. A refeição lembra o rito da Eucaristia e seus efeitos salvífico. Notem-se as palavras sobre a esperança, tema dominante na parte final do livro (Atos dos apóstolos 27,1-44).
O programa do livro dos Atos era mostrar o testemunho apostólico
O episódio da ilha de Malta faz pensar na promessa de Jesus (cf. Mc 16,18; Lc 10,19). A reação dos nativos lembra o episódio de Listra (cf. nota em At 14,8-18). (Atos dos apóstolos 28,1-10).
Em Roma, Paulo se beneficia de um regime especial, a “custódia militar”: pode morar numa casa, mas com o braço direito preso sempre por uma corrente ao braço esquerdo de um soldado que o vigia (Atos dos apóstolos 28,11-16).
O programa do livro dos Atos era mostrar o testemunho apostólico expandindo-se de Jerusalém “até os extremos da terra” (1,8). Com a chegada de Paulo a Roma, Lucas encerra seu livro. Sendo a metrópole-capital do mundo pagão, Roma se estende em todas as direções da terra.
Mais uma vez, Paulo prega aos judeus e, diante da resistência de muitos, anuncia que o Evangelho se dirige aos pagãos (v. 28).
Jesus desmascara e critica a sociedade
O cristianismo não é, portanto, uma seita fechada que provoca oposição, pois traz em si o testemunho de Jesus que desmascara e critica a sociedade montada sobre ídolos que explora, oprimem e alienam os homens (v. 22).
As testemunhas podem até ser acorrentadas, mas nem por isso deixam de testemunhar. O v. 29 falta nos melhores manuscritos (Atos dos apóstolos capítulo 28,17-31). Saiba Mais
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